Redação Portal WebArCondicionado com informações da Revista Galileu

Estudos sobre umidade relativa do ar em ambientes internos e a disseminação de coronavírus concluíram que a probabilidade de transmissão é maior em locais secos.

Pesquisas apontam para a transmissão aérea do coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconhece que há cada vez mais evidências se tratando da transmissão aérea do coronavírus. Recentemente foi publicado um estudo no Aerosol and Air Quality Research, realizada por cientistas do Instituto Leibniz de Pesquisa Troposférica (TROPOS), na Alemanha, e do Laboratório Físico Nacional (CSIR), na Índia, que corrobora com essa ideia.

De acordo com os pesquisadores, a transmissão do novo coronavírus também se dá por meio de partículas de aerossóis em ambientes internos com baixa umidade. A equipe revisou os 10 estudos internacionais relevantes publicados entre 2007 e 2020 analisando a influência da umidade na sobrevivência, disseminação e infecção de patógenos causadores de gripe e os coronavírus Sars-CoV-1 (Sars), Mers-CoV (Mers) e o Sars-CoV-2 (Covid-19).
Conforme os resultados, a indicação é que a umidade influencia a disseminação de coronavírus de três formas diferentes:

1) a maneira como os microrganismos “se comportam” nas gotículas contaminadas;
2) a sobrevivência ou inativação dos vírus em superfícies;
3) a influência da disseminação aérea em ambientes internos mais secos.

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Maiores cuidados em ambientes secos

Com a baixa umidade, as gotículas infectadas secam mais rápido, porém a taxa de sobrevivência dos vírus permanece alta.

Segundo o Instituto Leibniz de Pesquisa Troposférica (TROPOS), “se a umidade relativa interna for menor do que 40%, as partículas emitidas por pessoas infectadas absorvem menos água, se mantêm mais leves, voam mais longe pelo ambiente e são mais propensas a serem inaladas por indivíduos saudáveis”.

Quando o ar está úmido, as gotículas crescem rapidamente, caem no chão e têm menor probabilidade de ser inspiradas. Quando o ar tende a ser mais seco, a preocupação aumenta, principalmente em estações com o clima frio. “Um nível de umidade acima de 40% em prédios e transportes públicos não só reduziria os efeitos da Covid-19, mas também de outras doenças virais, como a gripe”, pontua o pesquisador Sumit Kumar Mishra, do Laboratório Físico Nacional da Índia.

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Em locais quentes e tropicais, como o Brasil, o cuidado deve ser para manter os cômodos arejados. Cuidados com a função Dry do ar-condicionado, que tem o objetivo de desumidificar o ambiente devem ser tomados. Além disso, não esqueça de manter o distanciamento social, evitar aglomerações e sempre que possível utilizar máscara.

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