Estudo realizado pelo Instituto Escolhas mostra que o poder público compra mal e gera mais custos

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Órgãos públicos vão economizar e contribuir ao meio ambiente se focarem em compras de ar-condicionado com alta eficiência energética.

Estima-se que o Governo Federal gaste em média R$ 100 milhões de reais anualmente na compra de aparelhos de ar-condicionado e geladeiras. Em São Paulo são colocados R$ 14 milhões de reais anualmente pelo Estado nos mesmos produtos.

No entanto, os produtos comprados pelos órgãos públicos não correspondem às classes mais altas de eficiência energética.

O estudo do Instituto Escolhas aponta que as compras de aparelhos de ar-condicionado e geladeiras adequados aos padrões mais econômicos de consumo poderiam diminuir consideravelmente os gastos de ambos os órgãos públicos.

Chamado de “Como geladeiras e aparelhos de ar-condicionado mais eficientes podem ajudar o governo a gastar menos?”, o levantamento analisou os modelos adquiridos pela União e pelo Governo do Estado de São.

Economia de órgãos públicos chegaria a R$ 84 milhões de reais

De acordo com Larissa Rodrigues, gerente de Projetos e Produtos do Instituto Escolhas, além de compradores, os órgãos públicos são responsáveis pelas políticas de compras, de bens, de serviços e de eficiência energética.

“Exercem o papel de consumidor e define as diretrizes para as regras do mercado, o que pode incentivar a disponibilidade de aparelhos mais eficientes”, afirmou.

Conforme o levantamento, 108 GWh de energia elétrica deixariam de ser consumidos pelo governo federal em uma década. O número é equivalente ao consumo de 55 mil residências durante um ano.

Além disso, R$ 84 milhões de reais em contas de luz seriam poupados para os cofres públicos ao longo do período de 10 anos.

46 mil toneladas de CO2 deixariam de ser lançadas na atmosfera

Rodrigues lembra que há 20 anos, quando aconteceu a grande crise energética, foi necessário racionar energia, trocar lâmpadas e consumir menos. A eficiência energética foi esquecida e nunca se tornou prioridade.

“Com este estudo, temos como mostrar que não basta ao governo pedir à população economizar energia, mas também precisa consumir eficientemente e ajudar a resolver essa crise”, contextualiza ela.

Em relação às emissões de gases de efeito estufa, 46 mil toneladas de CO2 deixariam de ser lançadas na atmosfera em uma década. O número equivale a tirar 16 mil veículos das ruas ao longo de um ano.

Conforme o estudo:

“É preciso trabalhar para a integração da política industrial e do planejamento para eficiência energética, com o apoio dos ministérios de Minas e Energia e o de Economia, para que sejam criados aparelhos com níveis internacionais de consumo mais baixos que os existentes hoje no país”.

A proposta reflete em benefícios para o planeta e se mostra um investimento positivo para os órgãos públicos e para os cidadãos. Isso porque impactaria na redução do consumo de energia, refletindo em menos gastos com a luz e diminuição de emissões de gases de efeito estufa.

Redação WebArCondicionado – Com informações da revista Veja

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