Proibições de refrigerantes preocupam a indústria do setor
Comissão Europeia propõe cortes maiores aos HFCs

Comissão Europeia propõe cortes maiores aos HFCs: veja o impacto da medida.

A proposta, publicada em 5 de abril, proíbe o uso de hidrofluorcarbonetos com Potencial de Aquecimento Global (PAG) de 150 ou mais em novos condicionadores de ar Split e bombas de calor, com capacidade nominal de até 12kW, a partir de 1° de janeiro de 2027.

De acordo com o portal europeu Cooling Post, a Comissão Europeia propõe cortes maiores aos HFCs. A partir da proposição, a ideia é acelerar a redução de fase do gás fluorado. A mudança mais imediata prevê um corte de quase 50% na cotação atual, em 2024.

A sequência disso seria uma forte redução no ano de 2024. A proposta pretende incluir refrigerantes alternativos, como CO2 e hidrocarbonetos, no processo de treinamento e certificação de gases fluorados.

O treinamento ainda inclui atenção aos aspectos de eficiência energética.

Proposta Preocupa a Indústria

Segundo representantes do setor, o projeto de revisão de gases fluorados da Comissão Europeia tem proibições preocupantes e redução gradual insustentável. O risco disso é prejudicar os objetivos ambientais da proposta.

O Órgão de Energia e Eficiência, o grupo de empreiteiros AREA e a European Heat Pump Association citam que as restrições de HFC nos refrigerantes em condicionadores de ar e bombas de calor, somadas as baixas alternativas e aos instaladores mal treinados, vão desacelerar o uso de soluções de aquecimento e de resfriamento.

“Pedimos que protejam os objetivos da União Europeia (UE), garantindo uma regulamentação do gás fluorado compatível com os equipamentos, com as alternativas de refrigerante de baixo PAG e com engenheiros treinados para instalá-los”, afirmam os grupos.

O secretário-geral da European Heat Pump Association (EHPA), Thomas Nowak, afirma que para atender ao nível de ambição estabelecido, é necessário de um acelerador de bomba de calor e não de um freio rígido na implantação da bomba de calor.

“Todas as bombas de calor precisam ser implantadas em massa e precisam ser claramente apoiadas pelas instituições da União Europeia (UE)”, contextualiza Nowak.

Folker Franz, diretor-geral da EPEE, relata que a UE prejudicaria a própria causa com os cortes maiores aos HFCs. Para ele, a atual cota de gases fluorados vai reduzir o uso em 88% até 2030, pois a modelagem diz que são necessárias 50 milhões de novas bombas de calor.

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“As emissões de gases de efeito estufa dos gases fluorados são muito pequenas quando comparadas com a economia, substituindo o aquecimento de combustível fóssil por equipamentos de bomba de calor”, completa Franz.

O presidente da AREA, Marco Buoni, ressalta que com centenas de técnicos que precisam ser treinador para lidar com segurança com refrigerantes inflamáveis, muitos não conseguirão fazer a conversão a tempo.

“Vai continuar faltando treinamentos e instrutores na União Europeia (UE)”, reforça Buoni.

Redação WebArCondicionado

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