O Programa de Metas dos Eletrodomésticos, criado em 2001 pelo governo, começará a proibir a partir do próximo ano, a produção e a comercialização de eletrodomésticos que consomem muita energia. E entre os aparelhos está o ar-condicionado.

Criado durante o racionamento de energia, o programa federal estabeleceu a data limite para a fabricação ou importação dos produtos para 31 de dezembro de 2011. E, a partir de janeiro de 2013, nenhum deles poderá ser vendido no país. Mas, de acordo com o programa, não está prevista a substituição dos aparelhos gastadores que os consumidores têm em casa, na verdade o governo espera que a possibilidade de economizar com a troca, ao longo do tempo, seja o grande atrativo.

Como funcionará essa redução no gasto de energia:

O uso de um único equipamento mais eficiente pode reduzir a conta de luz em até R$ 188,32 ao ano – caso da instalação de um aparelho de ar condicionado Split com selo Procel. Nesse caso, a queda mensal do consumo de energia é de até 75 kWh/mês ou de R$ 36,30 mensais.

O aparelho eficiente de 12.000 Btu/hora custa R$ 1.699, cerca de R$ 250 a mais do que o tradicional. Porém, o consumidor recupera sua escolha pela eficiência em sete meses de uso. O investimento inteiro se paga com quatro anos e três meses de consumo.

A fiscalização, o acompanhamento e a avaliação do cumprimento das metas serão feitas pelo Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). A previsão do Plano de Expansão do setor para 2030 é de que 10% do consumo de eletricidade serão atendidos com medidas de eficiência energética.

Outros eletrodomésticos que também fazem parte dessa norma são: os aquecedores de água e gás, fornos e fogões a gás, refrigeradores e congeladores.

A necessidade de adaptação da indústria

A produção de equipamentos que consomem menos se tornará fundamental para se adequar as novas regras do programa de eficiência, os fabricantes terão que fazer adaptações em suas plantas industriais, segundo a Eletrobrás. A indústria já vem buscando se adaptar há algum tempo, mas as novas regras serão informadas com antecedência, dessa forma, não haverá justificativas para que os novos produtos sejam mais caros.

As novas normas estão sendo estudadas pelo governo, indústria e Inmetro e estão passando por consultas públicas no país e na Organização Mundial do Comércio (OMC), já que a proibição atingirá produtos importados também.

Fonte: oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/10/11/eletrodomestico-em-extincao-331628.asp

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