Os executivos do setor estão consideravelmente mais confiantes de que estão usando dados efetivamente do que em outras áreas da economia
Nilton Hayashi da Fujitsu

Nilton Hayashi – Head of Business Operations da Fujitsu do Brasil./Imagem: Reprodução.

A adaptabilidade de dados será fundamental à medida que as economias desaceleram. A insegurança global e o aumento da inflação tornam os próximos meses extraordinariamente imprevisíveis para os fabricantes.

Isso está além de fatores como gargalos da cadeia de suprimentos e escassez de mão-de-obra que significava – mesmo antes dos trágicos eventos na Ucrânia – que a confiança na manufatura já estava em uma baixa de 18 meses.

Uma área-chave para os fabricantes em seus preparativos para o enfraquecimento econômico é a adaptabilidade de dados, de acordo com um relatório da Fujitsu: A grande aceleração de dados – As oportunidades de dados de hoje, o sucesso dos negócios de amanhã.

O relatório é baseado em uma pesquisa com mais de 500 executivos de C-Level em nove regiões e cinco setores – encontrando crescente confiança entre os fabricantes de que eles implementaram estratégias de dados para maximizar oportunidades.

Os executivos do setor estão consideravelmente mais confiantes de que estão usando dados efetivamente do que em outras áreas da economia. Já quando se trata de aproveitar dados para responder a problemas e fazer intervenções precisas, 65% dos líderes manufatureiro acreditam que são mais eficazes agora do que antes da pandemia.

Isso se compara com apenas 29% no setor público e 41% em serviços financeiros. O setor manufatureiro também lidera o pacote no uso efetivo de dados para a tomada de decisões melhoradas, marcando 69%.

Os líderes de TI de manufatura também estão mais otimistas com a capacidade dos funcionários de acessar dados. A confiança aumentou 14% em relação aos níveis pré-pandemias, em comparação com um aumento zero no setor público e apenas 2% nos serviços financeiros.

A 33ª da pesquisa do uso de TI nas empresas, realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV (EAESP), revelou que a média de gastos e investimentos em tecnologia no Brasil atingiu um nível de 8,7%.

O setor bancário, como de praxe, segue na liderança como a vertical que mais investe em tecnologia, representando 17,9%, seguido por serviços 12,4%, Indústria 5,0% e Comércio 4,1%. %, em 2021.

A indústria ainda tem caminho importante a percorrer para criar genuinamente ‘Organizações Adaptativas’.

No entanto, apesar dessas leituras positivas dos líderes da manufatura, muitas empresas ainda têm algum caminho a percorrer para criar organizações com as capacidades de transformação de dados para permitir que elas se moldem-se rapidamente em qualquer circunstância.

A Fujitsu destaca no relatório que, embora o setor manufatureiro supere a média global em oito dos 11 atributos investigados na pesquisa, ele se compara mal na análise das alternativas para melhorar os resultados futuros.

Aqui, registra apenas 50%, bem abaixo da média de todos os setores de 61%. Outros elementos em que a fabricação vem com respostas abaixo da média são o uso de dados para alinhamento com colegas, regulação de monitoramento, conformidade e segurança, personalização e/ou melhoria da experiência do cliente.

Com cadeias de suprimentos globais complexas contribuindo para a atual desaceleração da confiança da manufatura global, o setor precisa encontrar maneiras de se tornar mais ágil durante este extraordinário momento de mudança.

A reação da maioria dos players globais é aproveitar plataformas de nuvem e nuvem híbrida baseadas para criar organizações mais ágeis e reativas. Mas ainda não chegamos lá.

Como o relatório mostra, existem áreas-chave onde os fabricantes ainda têm trabalho a fazer, especialmente usando dados para personalizar e melhorar a experiência do cliente, incluindo o estabelecimento de um segmento digital completo.

Prevemos que a centricidade do cliente será o próximo nível de importância para os fabricantes globais que buscam reduzir custos, gerar margens mais altas e cumprir metas de sustentabilidade.

Artigo assinado Por Nilton Hayashi – Head of Business Operations da Fujitsu do Brasil

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