"Inverter gasta menos porque não gera pico" é verdade?

[felipesilva]

Estou lendo sobre condicionador de ar com tecnologia inverter e o que mais vejo é o pessoal dizer que ele consome menos eletricidade porque não gera picos de energia devido a acionamentos frequentes (em função da tecnologia inverter).
Mas pelo que eu sei - posso estar enganado - a medição residencial não conta com medição de picos, como nas medições comerciais/industriais em que o que se chama 'demanda' é medido.

Se meu raciocínio estiver correto, o inverter não concede economia de energia elétrica em instalação residencial.

Segundo meu raciocínio, como funcionaria a economia sob medição de demanda (instalações comerciais):
- a medição de demanda não mede apenas o total de energia consumido, mas o quanto é consumido instantaneamente; por exemplo: em horário de pico, a empresa não pode ligar todos os equipamentos ao mesmo tempo, pois 'demanda' muito da rede ao mesmo tempo;
- assim, a constância em baixo consumo do inverter não causaria um pico na medição de demanda - o que pode ocasionar multa nessas instalações comerciais.

Estou certo ou estou enganado?

[denilzo]

não é só questão de pico, mas o ar condicionado convencional sempre que o compressor estiver ligado ele estará trabalhando com potência total o inverte alem de não ter pico de partida, conforme ele vai retirando calor do ambiente o inversor de frequência vai diminuindo a frequência consequentemente diminuindo a potência de trabalho quanto menor a potência menor o consumo. O pouco que entendo sobre esta tecnologia é isto, porem melhor aguardar a manifestação de pessoal mais experiente no assunto.

[PETERSON]

Estou lendo sobre condicionador de ar com tecnologia inverter e o que mais vejo é o pessoal dizer que ele consome menos eletricidade porque não gera picos de energia devido a acionamentos frequentes (em função da tecnologia inverter).
Mas pelo que eu sei - posso estar enganado - a medição residencial não conta com medição de picos, como nas medições comerciais/industriais em que o que se chama 'demanda' é medido.

Se meu raciocínio estiver correto, o inverter não concede economia de energia elétrica em instalação residencial.

Segundo meu raciocínio, como funcionaria a economia sob medição de demanda (instalações comerciais):
- a medição de demanda não mede apenas o total de energia consumido, mas o quanto é consumido instantaneamente; por exemplo: em horário de pico, a empresa não pode ligar todos os equipamentos ao mesmo tempo, pois 'demanda' muito da rede ao mesmo tempo;
- assim, a constância em baixo consumo do inverter não causaria um pico na medição de demanda - o que pode ocasionar multa nessas instalações comerciais.

Estou certo ou estou enganado?

Quase certo!
O pico que você fala é pico de demanda num determinado horário, que se aplica em instalações comerciais/industriais. Neste ponto você está corretíssimo.
O pico que se diz em tecnologia inverter é a potencia inicial que o motor consome pra vencer a inércia e começar a girar.
Teoria: todos os motores indutivos chegam a consumir 3 vezes mais energia (potência em função da corrente) na hora da partida.
Imagine o quanto não se gasta "a toa" num ar que parte e desliga de 5 em 5 minutos o dia todo?

A tecnologia inverter é exatamente como o denilzo explicou, ele não tem esses picos de partida e além disso só gasta a energia necessária.
O convencional ou é 100% ou 0%.
O inverter usa somente o necessário, de 1 a 100% e partindo suavemente.

Na indústria tem os dois casos, o pico na demanda de energia e os motores tem também pico na partida. Por isso utilizam softstarter e inversores de frequência para diminuir esse efeito. Na verdade os fabricantes de ar condicionado importaram a idéia já utilizada a anos na área industrial.

[leonilson]

Parabéns aos amigos acima pelaos excelente esclarecimentos