Cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, fizeram uma importante revelação que pode salvar a humanidade do catastrófico aquecimento global, quando todo o gelo do Ártico derrete: um tipo de bactéria. Eles descobriram que o solo do Ártico contém microrganismos que consomem metano, o que poderia retardar o desastre, relatou Phys.org.

À medida que a calota de gelo do Ártico continua a recuar para níveis sem precedentes a cada ano, cargas enormes de dióxido de carbono e metano são liberadas para a atmosfera, empurrando as temperaturas globais cada vez mais alto. No entanto, a bactéria do solo do grupo Upland Soil Cluster Alpha vai começar absorvendo o metano, transformando-o em álcool metílico, de acordo com o estudo publicado na The ISME Journal.

Poder de neutralidade em crescimento
Além disso, os pesquisadores observaram que a capacidade dessa bactéria de neutralizar o metano na atmosfera aumenta à medida que as temperaturas globais sobem.

Por exemplo, se as temperaturas globais subirem cerca de 15 graus no século seguinte, a bactéria do solo poderá ser capaz de consumir 30 vezes mais metano do que absorve hoje em dia, estimam os pesquisadores. Isso vai impedir o planeta de aquecer mais, apesar do trilhão de toneladas de gás que de momento está a ser emitido do gelo ártico.

“Não temos uma resposta clara sobre se estas bactérias dos solos do Ártico vão compensar o metano que existe na atmosfera ou não, mas certamente vão ajudar a situação”, disse Chui Yim Lau, um dos autores do estudo. Os pesquisadores estão otimistas sobre as perspectivas do uso de bactérias do Ártico e sugerem que, se elas são onipresentes em todos os solos árticos, elas vão jogar um papel importante na regulação dos níveis de metano na atmosfera em todo o mundo no futuro.

Redação do Portal WebArCondicionado.
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