Fabricantes japoneses de ar-condicionado estão expandindo os negócios na Ásia para competir com o baixo-custo dos produtos chineses. A Daikin, por exemplo, detém 20% do mercado na Indonésia e planeja aumentar mais 20% até o fechamento fiscal de 2020. Como a concentração das suas vendas está, atualmente, em Jacarta, a multinacional pretende expandir para as áreas rurais do país. Porém, outras companhias estão tomando medidas ainda mais radicias nesse cenário, veja:

A Indonésia é um território chave

A Daikin vai despachar equipes do Japão para fazer o desenvolvimento em outros países. A empresa que levar consigo produtos de preço acessível e com dispositivos de armazenamento de energia. A previsão é de que a classe média da Indonésia cresça nos próximos anos, e a Daikin quer aproveitar o momento para inserir até 2,6 milhões de novas unidades.

E isso é só a Daikin. Junto a ela, a Panasonic e a Sharp detêm 50% do mercado indonésio de condicionadores de ar. Porém, a Gree a outras grandes corporações chinesas estão correndo atrás dessa concorrência, o que está transformando o mercado asiático e climatizadores num campo de guerra.

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Como competir com os preços chineses?

E os competidores chineses têm o que oferecer: enquanto os modelos da Daikin giram em torno de US$ 270, os oferecidos pela China ficam na média de US$ 180. Para se recuperar dessa diferença, a Daikin vai começar a incluir instalação e manutenção nos serviços oferecidos diretamente pela empresa.

A Panasonic faz movimento ousado

Enquanto isso, a Panasonic estabeleceu uma companhia de vendas em Suzhou (China) para lidar sistemas complexos de ar condicionado em condomínios e edifícios comerciais -são mais de 200 novos vendedores na China. A Panasonic também vai levar o desenvolvimento de sistemas de refrigeração do Japão para Suzhou, esperando que ao alinhar as vendas e a pesquisa tecnológica, eles possam produzir mais rapidamente produtos que se adaptem às necessidades locais.

Hoje a Panasonic disputa pouco mais de 10% do mercado chinês, entretanto, esse mesmo mercado está previsto para crescer em torno de US$ 7,2 bilhões até 2020. É nessa onda que a empresa japonesa quer crescer dentro do país rival – já que não espera conseguir hoje bater de frente com nomes como a Midea, que sendo originária da China, já conquistou a confiança na sua própria casa.

Crescimento mundial x crescimento asiático

No ano passado, a demanda global por condicionadores de ar cresceu 8%, segundo a Associação Japonesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado. Apenas na china, os números pularam 13% enquanto na Ásia, sem contar a China e o Japão, essa quantia somou um aumento de 5%.

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Redação do Portal WebArCondicionado.
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