O Google acabou de dar mais um passo em direção ao futuro, agora o sistema de ar-condicionado dos seus Data Centers, ou seja, os galpões onde ficam as máquinas dos servidores da sua rede, vão ser controlados por uma inteligência artificial (IA). Isso mesmo, serão automatizados – tudo, claro, com supervisão dos operadores responsáveis.

A companhia divulgou em 2012 como funcionavam os seus sistemas de refrigeração, como já tínhamos noticiado aqui no WebAr. Agora, as equipes repararam que, seguindo as recomendações de leitura dos galpões, estavam tendo muito trabalho manual para constantemente configurar a temperatura e demais disposições térmicas exigidas por eles. Logo, pensaram em implantar uma IA que pudesse receber toda essa carga de informação (que chega a todo momento) e já aplicar as soluções rapidamente. Essa agilidade não só minimiza as problemáticas da refrigeração, como ajuda os sistemas de cada Data Center a ser bem mais econômicos, devido ao curto tempo de resposta.

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O Futuro é a Automatização do Ar-Condicionado

Para quem acompanha o desenvolvimento do setor de Ar-Condicionado, sabe que a automatização dos sistemas de climatização são a próxima tendência rumo à sustentabilidade e eficiência dos eletrodomésticos. Aparelhos com Wi-fi e que aprendem os costumes dos usuários já são uma realidade hoje no mercado. Não é surpresa, portanto, que o Google esteja já um passo à frente nessa onda, ainda mais desde que comprou a DeepMind Technologies, uma empresa da Inglaterra que trabalha com o desenvolvimento de IAs.

Através dela, foi criado um modelo de sistema que funciona com milhares de sensores instalados nos galpões de servidores, fazendo leituras e mandando as informações de volta para a nuvem, onde fica instalada a IA que controla a refrigeração dos 15 Data Centers do Google espalhados pelo mundo.  Segundo a empresa, a IA recebe de cada Data Center uma atualização a cada 5 minutos, faz leitura e então projeta soluções que visam economia de energia, desde que não se percam os requisitos de temperatura – que são bastante exigentes.

O IA e as melhorias de energia

Os Data Centers do Google são todos alimentados por fontes de energia sustentável, e desde que a IA começou a funcionar, há apenas poucos meses, os gastos energéticos diminuíram consistentemente em 30%. Programada para aprender e se adaptar, a IA pode ser desligada a qualquer momento caso os operadores entendam que suas decisões não estão sendo as melhores, mas até agora ela tem apresentado, inclusive, ideias novas, como usar o frio do inverno para resfriar a água dos sistemas de refrigeração, diminuindo a demanda de energia que seria usada para isso no maquinário.

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Redação do Portal WebArCondicionado.
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